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IFSP celebra Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha

Data marca a luta e resistência da mulher negra no enfrentamento do racismo e sexismo

  • Publicado: Quinta, 28 de Julho de 2022, 12h02
  • Última atualização em Quinta, 28 de Julho de 2022, 12h02

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do IFSP publicou uma série de vídeos enviados pela comunidade nos quais comemoram este 25 de julho.

Os vídeos foram encaminhados a partir de uma campanha, promovida pelo Neabi, na qual a comunidade foi convidada a responder a seguinte pergunta: “Por que devemos celebrar o dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha?”.

A data marca os 30 anos do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana, Caribenha, originado a partir do 1° Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas, na República Dominicana, em 1992, que discutiu demandas políticas, impulsionada pelo movimento de mulheres negras da região em sua luta pelos direitos humanos. No Brasil, no dia 25 de julho também comemora-se o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, instituído pela Lei nº 12.987, de 2 de junho de 2014, em homenagem a uma liderança da resistência contra a escravização.

Para Tatiane Helena Borges de Salles, integrante do Neabi, é importante comemorar o dia da mulher latina-americana porque a data homenageia e reforça a luta histórica das mulheres negras por sobrevivência e direitos. “O dia tem como objetivo trazer reflexões sobre o papel da mulher negra que estão na base da pirâmide socioeconômica da sociedade brasileira que enfrenta as dificuldades em "dobro" como racismo, machismo, opressão, diferenças salariais, violência doméstica, lesbofobia, transfobia entre outras questões, por isso é importante discutir e ressignificar o lugar dessas mulheres que são constantemente invisibilizadas", analisa.

Cristiane Santana Silva, professora do Câmpus Guarulhos e coordenadora do Neabi, conta que a campanha foi idealizada coletivamente em reunião, tendo em vista que o núcleo já havia realizado ações com vídeos coletivos com potencial de alcance na comunidade. “A pergunta da campanha permite tanto um resgate da história por trás da data por parte de pessoas já envolvidas com a temática, como também uma provocação a quem a desconhece, oportunizando o caminho para a pesquisa”, contextualiza a docente.

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