Projeto transdisciplinar desenvolvido no IFSP Campus São Carlos é apresentado em evento no Canadá
Na próxima sexta-feira, 25 de outubro, os resultados do projeto transdisciplinar Cartografias Afetivas dos Rios de São Carlos, desenvolvido no Campus São Carlos em 2023, serão apresentados em um webinar no Canadá, organizado pelo SALTISE (Supporting Active Learning & Technological Innovation in Studies of Education)
O SALTISE (Supporting Active Learning & Technological Innovation in Studies of Education) e o S4 (Systems, Supporting, Student Success) é um serviço de comunidade de aprendizagem que reúne instrutores e equipes de desenvolvimento profissional de instituições educacionais anglófonas e francófonas na área metropolitana de Montréal, bem como em outras regiões de Québec, Canadá. As principais metas do SALTISE/S4 baseiam-se nos ideais de implementação de uma pedagogia baseada em evidências, envolvendo inovações instrucionais e, muitas vezes, alavancando o uso da tecnologia educacional para promover a melhoria do aprendizado.
A divulgação do evento no Canadá, bem como o registro para inscrições podem ser acessados no link:
Sobre o projeto Cartografias Afetivas dos Rios de São Carlos
O projeto Cartografias Afetivas dos Rios de São Carlos, idealizado pela professora de filosofia Bárbara Abreu, e desenvolvido com os alunos do segundo ano do curso Técnico em Informática para Internet Integrado ao Ensino Médio, envolveu as disciplinas de filosofia, artes, língua portuguesa, geografia e química. Essa ação fez parte de um projeto maior, desenvolvido em parceria entre IFSP e UFSCar, chamado: “Educação científica e tecnológica no Laboratório Interdisciplinar Online em rede (LION): estudo sobre a colaboração e a interdisciplinaridade no percurso formativo de professores-pesquisadores da Educação Básica, cujo objetivo é incentivar ações interdisciplinares nas escolas públicas e avaliar os impactos dessas ações na formação continuada dos docentes.
De acordo com a professora Viviane Garcia, que coordena no IFSP o projeto em parceria com a UFSCar, a ideia da professora Bárbara foi bastante ousada, porque propôs não só o envolvimento de várias disciplinas no projeto, como a dissolução das disciplinas em uma só: Os estudantes não teriam aulas de química, filosofia, artes, português e geografia, mas acessariam os conteúdos dessas disciplinas nas aulas do projeto. É importante dizer que tivemos o apoio total da coordenação do curso na época para a execução desse projeto piloto, e que os resultados evidenciaram uma ação que se caracterizou como transdisciplinar, afirma.
Participaram ativamente do projeto os professores Bárbara Abreu (filosofia), Leandro Tessari (geografia), André Correa (artes), Matheus Sato (Química) e Viviane Garcia (língua portuguesa). O objetivo era estimular nos alunos um sentimento de pertencimento ao lugar que vivem, ao olhar para a própria cidade e saber histórias dela, se entender como parte da construção dessa cidade.
O desenvolvimento das ações envolveu reuniões semanais de planejamento e resultou em produções dos alunos em diversos gêneros, como reportagens, notícias, pôster científico, documentário, animação, paródia, podcast, curta metragem, e lambe-lambe, que são cartazes produzidos para serem colados em espaços públicos.
Os resultados demonstraram um envolvimento maior dos estudantes no aprendizado e no exercício da cidadania participativa, tanto no levantamento de informações por meio de pesquisa, quanto na busca de soluções para os problemas do cotidiano da cidade, como enchentes.
Quanto aos resultados na formação continuada dos professores envolvidos, ficou evidenciado que o trabalho em rede permite acessar novas formas de construção conjunta do aprendizado, além de novas formas de avaliar. Evidenciou-se, ainda, que o trabalho em conjunto com outros professores permite compartilhar práticas, diferentes metodologias e abordagens, o que favorece muito um ambiente de respeito e cooperação entre os docentes.
Cena da Animação desenvolvida pelos estudantes
Cena da reportagem produzida pelos estudantes
Imagem do documentário “Fluxos do Tempo”, produzido pelos estudantes
Trechos do podcast produzido pelos estudantes
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